terça-feira, 30 de junho de 2009

A crise econômica no Estado do Maranhão

Histórico econômico


O Maranhão começa a fazer parte efetivamente do cenário econômico nacional a partir do século XVIII, com a expansão das lavouras de algodão para a capitania. O algodão se adapta melhor a pouca umidade do que a cana de açúcar e o tabaco, produtos cultivados na região, por isso foi amplamente adotada nas terras interioranas da capitania, principalmente no vale do rio Itapicuru e em Caxias. Rapidamente, se torna a maior produtora da colônia, com a Companhia Geral do comércio do Grão Pará e Maranhão, a responsável pelo rápido crescimento, detendo o monopólio da atividade na região por concessão da metrópole, fornecendo escravos, ferramentas e insumos para a produção.
Porém, no séc. XIX, com a diminuição dos preços no mercado mundial, o aperfeiçoamento da produção dos EUA e em função das dificuldades relativas à distância dos portos exportadores, a produção cai significativamente, mantendo a capitania em posição medíocre.
No século XX, até a década os anos 1960, permaneceu em estado de estagnação, quando, com a criação da SUDENE, foram estabelecidas metas de povoar áreas desocupadas da região e explorar recursos. O Projeto Grande Carajás levou siderúrgicas e mineradoras, como a Vale do Rio Doce para a região, além de infra-estrutura de transportes, com construção de ferrovias e portos.
Atualmente o Estado mantém seu perfil de exportador. As exportações são compostas principalmente por produtos da indústria de transformação e agrícola. Os carros chefes, como pode-se observar na tabela abaixo, são ferro e alumínio, além da soja.

Efeitos da crise


Dados da imprensa local, apontam para a metalurgia, indústria frigorífica e atividades associadas, como a produção de carvão vegetal, como as mais afetadas pela crise econômica mundial, além da diminuição de exportações de carne bovina e demissões em frigoríficos da região de Imperatriz. Inclusive, com a apresentação de informações contraditórias a respeito de demissões causadas pelo evento. Em função das contradições encontradas, fomos buscar dados relativos aos efeitos das demissões no município de açailândia nos setores citados.
Os dados nos mostram que realmente, a indústria de transformação foi afetada pela crise, apontando um déficit de -415 empregos. Em contra partida, aparentemente os setores de comércio e agropecuária absorveram parte dos empregos desfeitos.
Além disso em relação aos frigoríficos, fontes da própria imprensa apontam que enquanto alguns frigoríficos fecharam suas portas, outras unidades que não sofreram tanto os efeitos da crise, aproveitaram o momento para investirem em aperfeiçoamento de sua produção e contratação de novos funcionários, se aproveitando da maior fatia conquistada no mercado.
Outro fato relevante é relacionado à quantidade das exportações no setor siderúrgico. Realmente, houve indiscutível diminuição na quantidade de exportações no período de crise. Entretanto, o valor das exportações continuou aumentando, como o gráfico pode mostrar.
A análise dos dados e material jornalístico, levou-nos à conclusão de que o Estado do Maranhão foi ligeiramente afetado pela crise financeira. Apesar de alguns setores terem sentido o impacto, houve um certo aproveitamento do clima de pânico para alguns setores serem beneficiados por medidas governamentais de contenção de danos.
O setor metalúrgico já possui isenção de IPI. O governo federal tem projeto de construção de um novo pólo siderúrgico em Açailândia, para a produção de aço e aproveitamento do ferro gusa exportado, além de um empreendimento pecuário e frigorífico em Imperatriz.

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